A Gravidez Trans é Possível: Entenda Como

A Gravidez Trans é Possível: Entenda Como

A reprodução assistida tem permitido que muitas pessoas trans realizem o sonho da parentalidade. No entanto, ainda existem tabus e desinformação que dificultam o acesso a esses tratamentos. É importante saber que existem diversas técnicas disponíveis para garantir que homens e mulheres trans possam ter filhos biológicos.

 Como Pessoas Trans Podem Ter Filhos?

O primeiro passo para a reprodução assistida em pessoas trans é avaliar a preservação da fertilidade antes da transição hormonal ou de cirurgias de redesignação sexual. Isso ocorre porque a terapia hormonal pode impactar a produção de óvulos e espermatozoides, diminuindo as chances de uma futura gravidez.

Para aqueles que desejam ter filhos no futuro, há a opção de congelar óvulos ou sêmen antes da transição, permitindo que esses gametas sejam utilizados posteriormente em técnicas de reprodução assistida.

Conforme as necessidades reprodutivas, a dinâmica familiar e a condição reprodutiva de cada pessoa trans, as principais técnicas utilizadas são:

 Inseminação Artificial

A inseminação artificial é um procedimento de menor complexidade, indicado para pessoas trans que possuem útero funcional e desejam engravidar. O processo consiste em:

 Coleta do sêmen, que pode ser do parceiro ou de um banco de doação;
 Preparação do espermatozoide em laboratório para aumentar as chances de fertilização;
 Introdução do sêmen diretamente no útero da pessoa que irá gestar, por meio de um cateter.

Esse método é mais indicado para pessoas trans que mantêm a função reprodutiva e queiram engravidar com a ajuda da tecnologia.

 Fertilização in Vitro (FIV)

A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica mais complexa e amplamente utilizada na reprodução assistida para pessoas trans. Seu funcionamento envolve:

 Estimulação dos ovários para produzir óvulos em maior quantidade;
 Coleta de óvulos e fertilização com espermatozoides em laboratório;
 Acompanhamento do desenvolvimento do embrião até o momento da transferência para o útero.

Essa técnica é ideal para casais trans que precisam de doação de gametas ou que optam pela cessão temporária de útero (barriga solidária), quando uma pessoa que teve óvulos coletados não deseja ou não pode gestar.

 Barriga Solidária (Útero de Substituição)

No caso de homens trans que não querem ou não podem gestar, ou de casais formados por duas mulheres trans, uma barriga solidária pode ser uma alternativa viável.

Neste processo, uma mulher da família até o quarto grau (mãe, irmã, tia, prima) pode ceder temporariamente seu útero para a gestação. No entanto, ela deve ter, no mínimo, um filho que tenha nascido vivo e seja menor de 50 anos, para garantir que tenha experiência prévia de gestação e condições próprias para uma nova gestação.

O embrião é gerado em laboratório e transferido para o útero da pessoa que irá gestar uma criança.

 Preservação da Fertilidade Antes da Transição

Antes de iniciar a transição de gênero, a preservação da fertilidade pode ser um passo essencial para quem deseja ter filhos biológicos no futuro. Isso pode ser feito por meio de:

 Congelamento de óvulos , no caso de pessoas trans que têm ovários;
 Congelamento de sêmen , para pessoas trans que têm testículos.

Esse processo permite que os gametas sejam usados ​​futuramente, mesmo após anos de terapia hormonal ou cirurgia de redesignação sexual.

 Realizando o Sonho da Parentalidade

Cada jornada reprodutiva é única, e existem diferentes caminhos para que pessoas trans possam realizar o sonho de ter filhos. A orientação de especialistas em reprodução humana é essencial para avaliar as melhores opções e garantir um tratamento seguro e eficaz.

Se você tiver dúvidas sobre reprodução assistida para pessoas trans, entre em contato com nossa equipe. Estamos aqui para ajudar você nessa jornada!

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