Fertilização in vitro / ICSI
A fertilização In Vitro (FIV) é considerada a mais avançada das técnicas de Reprodução Assistida, sendo de maior complexicidade e com maiores taxas de sucesso, quando comparada às técnicas de baixa complexidade, como o coito programado e a inseminação Intrauterina
. O tratamento de FIV possui uma taxa média de sucesso de 55% em pessoas com menos de 35 anos podendo chegar até a 65% nesse mesmo grupo de pacientes.
A técnica de FIV é consiste da fecundação do óvulo com o espermatozoide em um ambiente laboratorial, ou seja, o encontro do óvulo com o espermatozoide acontece fora do organismo da mulher através do laboratório de fertilização In Vitro. Os embriões são mantidos em cultivo nas incubadoras do laboratório e assim que formados podem ser congelados ou trasferidos para o útero.
Os óvulos podem ser fertilizados por duas técnicas: FIV clássica, onde são captados os óvulos e colocados em contato com os espermatozoides no laboratório para que a fecundação ocorra naturalmente. E pela ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide), que consiste na injeção de um espermatozoide diretamente dentro do óvulo. Em ambas as técnicas, após a fecundação, é feito um acompanhamento dos embriões no laboratório até serem congelados ou transferidos para o útero.
Para a realização da fertilização In Vitro, é necessário que a paciente passe por uma estimulação ovariana, através do uso de hormônios que imitam o ciclo menstrual para a produção dos folículos, cujo crescimento é acompanhado por controle ultrassonográfico seriado. Aproximadamente após 10 dias do uso das medicações, os folículos apresentam um crescimento e tamanho ideal (>15mm), nesse momento é administrado um outro medicamento que promoverá a maturação dos óvulos e a indução da ovulação aproximadamente 36 horas após seu uso. Antes que a paciente ovule é realizada a punção folicular para retirar os óvulos produzidos e iniciar o processo da fertilização In Vitro no laboratório.
A fertilização in vitro é indicada em casos de:
- Falhas de tratamentos anteriores menos complexos;
- Idade materna avançada;
- Obstrução ou outra alteração tubária;
- Retirada de trompas (laqueadura);
- Endometriose;
- Baixa reserva ovariana;
- Casais com histórico de doença genética na família;
- Infertilidade sem causa aparente (ISCA);
- Fator masculino moderado;
- Casais Homoafetivos;
- Casais Sorodiscordantes;
- Pacientes com histórico de aborto de repetição;
- Homens vasectomizados ou com ausência de espermatozoides;
- Produção Independente